Segundo a Polícia Federal, o pastor Arilton Moura e Luciano Musse, ex-gerente de projetos da Secretaria-Executiva do Ministério da Educação (MEC), estiveram no mesmo hotel em Brasília e em datas coincidentes, pelo menos 10 vezes entre 2020 e 2022.
Eles estão envolvidos na Operação Acesso Pago que investiga alvos de desvios dentro do Ministério da Educação, e foram presos na última semana. Além deles, o ex-ministro Milton Ribeiro também foi preso.
Musse é “personagem importante” no caso, de acordo com a investigação, pois atuaria como operador financeiro do suposto esquema ilegal. Ele chegou a assumir a Gerência de Projetos da Secretaria-Executiva do ministério, em abril de 2021, mas foi exonerado em março deste ano, em meio às denúncias contra a pasta.
A Polícia Federal diz que “Luciano, no contexto investigativo, é personagem importante no suposto esquema de cooptação de prefeitos para angariar vantagens pessoais através do direcionamento ou desvio de recursos do FNDE /MEC a pretexto de atender políticos/prefeituras, caracterizando, hipoteticamente, uma sofisticada captação ilegal de recursos públicos com a eventual infiltração de operador financeiro na gestão da pasta”.
O advogado foi infiltrado pelos pastores no MEC e passou quase um ano no cargo.