Por Redação Folha Expressa | Publicado em 28/10/2020 às 18:16
Outubro é o mês que intensifica o alerta para a prevenção do câncer de mama e os cuidados necessários. Apesar de rara em homens, a doença também pode se manifestar no sexo masculino e, assim como em mulheres, deve ser feito um diagnóstico precoce. Estimativas nacionais indicam que 1% dos casos de câncer de mama afetam os homens brasileiros e em 2019, por exemplo, das 16.927 pessoas que vieram a óbito em decorrência da neoplasia no Brasil, 203 eram homens.
O risco de câncer de mama aumenta com a idade, os homens tendem a ter o diagnóstico com 5 a 10 anos a mais do que as mulheres. A ginecologista e obstetra da Dmi, Cláudia Fontenele, informa os cuidados preventivos que homens e mulheres devem ter com a mama.
“Homens e mulheres devem fazer consultas regulares aos seus médicos, adotar alimentação e estilo de vida saudáveis, evitando sedentarismo e maus hábitos como tabagismo e alcoolismo, visando minimizar fatores de risco para doenças cancerígenas. Todos devem ser orientados à realização de autoexame das mamas e alertados para sinais suspeitos como aparecimento de nódulo (caroço), geralmente indolor, duro e irregular, edema (inchaço) cutâneo (na pele), dentre outros”, orienta.
Nos homens, o diagnóstico através da mamografia costuma sair mais rápido pelo reduzido tamanho de tecido mamário, facilitando a visualização de um nódulo pelos profissionais especializados. Qualquer sinal de caroço atrás da auréola, saída de secreção, mama retraída ou formação de pequenas úlceras na mama é um sinal de que o homem deve procurar um especialista, para que sejam feitos o diagnóstico e a identificação do que o indivíduo possa ter na mama.
O tratamento da doença inclui a mastectomia (cirurgia de retirada da mama), quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Cláudia Fontenele explica ainda sobre a importância do diagnóstico precoce. “O câncer de mama, seja no homem ou na mulher, tem melhor evolução quanto antes for feito o diagnóstico e conforme o tipo do câncer. Alguns casos precisam ser acompanhados especificamente pelo sub especialista Mastologista e os ginecologistas gerais devem estar atentos para realizar esse encaminhamento, quando necessário, de forma precoce”, conclui a especialista.