Nessa sexta-feira (8) , o governo brasileiro anunciou sua nova meta de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035, o que significa um corte para cerca de 850 milhões a 1,05 bilhão de toneladas de carbono equivalente nos próximos 11 anos. Segundo o governo, isso equivale a uma redução de emissões para alcançar os limites de 1.050 a 850 milhões de toneladas de gás carbônico em 2035. Esse compromisso representa um aumento de 13% a 29% em relação ao objetivo anterior, fixado para 2030.
A medida será apresentada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin durante a COP 29, que ocorrerá em Baku, Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro. Após um acidente doméstico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua ida ao evento, mas reafirmou o compromisso brasileiro: “O Brasil vai levar, nas mãos de Geraldo Alckmin e Marina Silva, a nova meta de redução de emissões de carbono para a COP 29… É o Brasil trabalhando para modernizar sua economia, reduzir a crise climática e contribuir com a vida no planeta”, declarou Lula em suas redes.
Alinhada ao Acordo de Paris, a nova meta do Brasil é reduzir o aquecimento global, limitando-o a 1,5ºC em relação ao período pré-industrial, com foco na neutralidade climática até 2050. Sete planos específicos estão direcionados para a redução das emissões e outros 16 para adaptação climática. A prioridade central, segundo o governo, é o combate ao desmatamento. Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam uma queda de 30,6% no desmatamento na Amazônia e de 25,7% no Cerrado entre agosto de 2023 e julho de 2024, reforçando o progresso ambiental do país.