Nos últimos quatro anos, a Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), acumulou uma dívida de R$ 128 milhões com o Governo do Piauí. Esse valor se refere a recursos que deveriam ser transferidos pelo Ministério da Saúde à FMS, destinados à produção hospitalar e à habilitação de serviços, mas que não chegaram aos hospitais estaduais.
Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) indicou que os repasses, que são essenciais para o financiamento da saúde na capital, não estão sendo direcionados adequadamente aos hospitais do Estado.
“É uma situação que chegou ao limite. O dinheiro que é repassado pelo Ministério da Saúde para custear as despesas da capital não está sendo repassado como deveria, prejudicando os investimentos na saúde”, afirma Antonio Luiz Soares Santos, secretário de Saúde.
A FMS enfrenta dificuldades por não ter uma rede hospitalar própria, dependendo assim dos hospitais estaduais em Teresina, que devem ser remunerados pelos serviços prestados. Nos últimos anos, a saúde do Piauí deixou de receber aproximadamente R$ 28 milhões na área de produção hospitalar.
Além disso, há quase R$ 100 milhões em dívidas relacionadas à habilitação de serviços nos hospitais da cidade, que deveriam ser financiados pelo Ministério da Saúde via Prefeitura.