Augusto Aras, procurador-geral da República, disse que que se o presidente Jair Bolsonaro (PL) perder as eleições em outubro e se recusar a deixar o Palácio do Planalto ou da Alvorada, seria uma “afronta à democracia”.
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta segunda-feira (15), a fala do procurador-geral, no entanto, Aras disse isso no último dia 9 de agosto durante uma videoconferência com correspondentes de veículos internacionais.
Durante a conferência, eles estava respondendo uma pergunta sobre o que a PGR (Procuradoria-Geral da República) faria caso Bolsonaro contestasse o resultado das eleições.
“Vamos imaginar que essa hipótese suscitada só ocorra se o presidente não lograr êxito na sua reeleição. Se isso acontecer, a partir do dia 1º de janeiro haverá um novo presidente que deverá tomar posse”, disse Aras. “(…) Nem quero crer que, após 1º de janeiro, se o presidente não lograr êxito na reeleição, ele permaneça no Palácio do Planalto, da Alvorada, porque isso seria uma afronta à democracia”, completou.
O procurador-geral da República afirmou que a procuradoria não precisa se preparar para agir, porque as regras serão respeitadas.
“Quem ganhou a eleição vai tomar posse. É o que nós esperamos”, disse.
Jair Bolsonaro já afirmou que apenas Deus pode tirá-lo da Presidência.
Com informações da UOL.