Augusto Aras, Procurador-Geral da República, afirmou que não foi intimado antes sobre a operação da Polícia Federal (PF) que investiga empresários, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), acusados de defender um golpe de Estado, em caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer a corrida presidencial nas eleições deste ano.
O PGR, através de nota, disse que ficou sabendo da operação, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), apenas após ter sido deflagrada na manhã de hoje (23). Segundo ele, os autos não foram remetidos à Procuradoria.
“Os autos ainda não foram remetidos à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ciência formal da decisão do dia 19 de agosto, que determinou as diligências”, disse Aras em um trecho do comunicado.
A intimação destinada a Aras foi recebida por um servidor do gabinete da presidência da PGR às 14h41 da segunda-feira, 22. No entanto, o PGR afirma que o procedimento não foi realizado conforme a lei.
Dessa forma, , o chefe do Ministério Público Federal (MPF) nega que tenha sido informado sobre o cumprimento dos mandados de busca e apreensão. “Os autos ainda não foram remetidos à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ciência formal da decisão do dia 19 de agosto, que determinou as diligências cumpridas nesta manhã. Informa também que não houve intimação pessoal da ordem, conforme previsão da Lei Complementar LC 75/93 (art. 18, II, “h”), apenas entrega – em procedimento não usual – de cópia da decisão, na tarde dessa segunda-feira (22), em sala situada nas dependências do STF, onde funciona unidade de apoio aos subprocuradores-gerais da República e ao PGR”, escreveu Aras.