O líder do governo Bolsonaro no Congresso, senador Eduardo Gomes (PL-TO), negou, em entrevista ao UOL News hoje, que o presidente da República planeje um golpe após o discurso em que atacou as urnas eletrônicas com a presença de embaixadores.
“Ele não tem histórico de golpe na carreira política do presidente. […] Quem diz que o sistema eleitoral tem que ser vigiado permanentemente é o próprio sistema eleitoral. Portanto, não é proibido questionar, acho que é uma opinião do presidente”, minimizou.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu ontem à tarde um grupo de embaixadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, para levantar novamente suspeitas infundadas sobre a segurança do processo eleitoral de 2022. O encontro, que foi anunciado por Bolsonaro há mais de um mês, foi transmitido pela TV Brasil, uma emissora pública, a menos de 80 dias das eleições.
Em seu pronunciamento, que durou pouco mais de 30 minutos, Bolsonaro falou especialmente sobre um inquérito aberto pela PF (Polícia Federal), em 2018, que apurou uma invasão cibernética aos sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Desde que o presidente vazou esse documento em suas redes sociais, no ano passado, o TSE sustenta que o ataque hacker não levou risco à integridade das eleições naquele ano.
Apesar dos ataques, Eduardo Gomes disse que o presidente é apenas mais uma autoridade comentando as eleições. “O presidente é uma autoridade a mais falando do sistema eleitora, falando com uma plateia que já ouviu sobre o assunto de outros órgãos públicos. Não houve, em nenhum momento, transgressão ou anúncio de instabilidade”.
Com informações da UOL.