Neste domingo (28), a cidade de São Gonçalo do Piauí testemunhou um episódio de desrespeito à ordem judicial envolvendo as duas principais coligações que disputam a prefeitura e também aos apoiadores da candidata a prefeita Gerlane Cabral. A coligação “Nossa Terra, Nossa Gente”, formada pelos partidos MDB e PSD, havia previamente comunicado ao Grupamento de Polícia Militar (GPM) sobre a realização de uma carreata que percorreria tanto a zona urbana quanto rural do município.
Porém, na sexta-feira, 27 de setembro, a coligação adversária surpreendeu ao anunciar, via rádio e redes sociais, que realizaria um “visitaço” no mesmo dia e local onde já estava programada a carreata da coligação “Nossa Terra, Nossa Gente”, liderada pela candidata a prefeita Gerlane Cabral e seu vice, Edinho. Diante da clara sobreposição de eventos, a equipe jurídica de Gerlane Cabral recorreu à Justiça Eleitoral, que determinou que a carreata registrada primeiramente teria prioridade.
No mesmo dia, a Justiça Eleitoral emitiu um ofício ao Comandante do GPM, orientando que a carreata da coligação de Gerlane Cabral fosse realizada conforme previsto, e que o evento da coligação adversária fosse suspenso. No entanto, a coligação adversária desrespeitou a ordem judicial, causando tumulto ao tentar realizar seu evento simultaneamente.
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O desrespeito à decisão judicial gerou confrontos entre as coligações. Participantes da carreata de Gerlane Cabral relataram agressões e provocações, incluindo um incidente envolvendo o ex-prefeito Pedro do Nino, que foi insultado e ameaçado. A situação ficou ainda mais tensa quando o candidato a vereador Rafael Mota, da coligação adversária, invadiu em alta velocidade o espaço reservado para a carreata de Gerlane Cabral, colocando em risco a segurança dos participantes. O incidente foi controlado antes que ocorressem maiores consequências.
A atitude de desrespeito à Justiça Eleitoral foi amplamente criticada, gerando indignação entre os moradores de São Gonçalo do Piauí, que viram na ação um desprezo não só pela ordem legal, mas também pela segurança e liberdade democrática do processo eleitoral. O episódio reflete a tensão crescente na reta final da campanha, com o respeito às regras do processo eleitoral sendo colocado em dúvida diante de atos que ignoram as determinações da Justiça.