Na última atividade da Cúpula do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou uma nova rodada de investimentos para a saúde global, ao lado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. O objetivo da iniciativa é garantir mais recursos para a saúde pública, considerando os desafios globais e a necessidade de um financiamento mais eficaz para salvar vidas e enfrentar desigualdades no setor.
Lula iniciou seu discurso criticando as desigualdades no orçamento global, destacando que, enquanto a OMS luta para arrecadar US$ 2 bilhões anuais, o orçamento mundial destinado a guerras chega a US$ 2,4 trilhões. Ele também compartilhou experiências pessoais sobre a desigualdade social, mencionando como a falta de alimentos básicos impacta a saúde de crianças e reafirmando que a saúde deve ser tratada como um direito fundamental.
A ministra Nísia Trindade ressaltou a posição histórica do Brasil na promoção da saúde global, destacando o sucesso da liderança brasileira nas discussões do G20, que resultaram em compromissos concretos para fortalecer o sistema multilateral de saúde. Ela enfatizou a importância de uma abordagem integrada para a saúde, que envolva tanto a saúde humana quanto animal e ambiental.
Tedros Adhanom, por sua vez, comemorou o avanço da rodada de investimentos, que já conta com US$ 1,7 bilhão em compromissos de financiamento, e destacou a importância de ampliar a base de doadores para garantir a sustentabilidade da estratégia global. Lula concluiu seu discurso reafirmando o compromisso com a luta contra a fome e a pobreza e prometeu continuar defendendo a saúde global durante e após seu mandato.