Em entrevista, o especialista em oftalmopediatria, Rubens Amorim Leite, explica que, as frequências nas consultas são importantes para diagnóstico de muitas doenças.
Por Redação Folha Expressa | Publicado em 15/12/2020 às 14H57
O cuidado com a saúde deve ser priorizado em todas as áreas. Com os olhos não é diferente e precisa iniciar ainda na infância. Os primeiros anos de vida são os mais importantes para o desenvolvimento da visão, que acontece com maior intensidade até os três anos e se completa por volta dos sete anos de idade.
É nessa fase que o sistema nervoso central recebe a melhor informação visual para que os neurônios relacionados à visão sejam desenvolvidos. Por isso, quanto mais tempo se demora para ter um diagnóstico de alguma doença, mais difícil pode ser o tratamento.
A primeira visita ao oftalmologista deve acontecer ainda nos primeiros dias de vida, com o teste do olhinho. Rubens Amorim Leite, especialista em oftalmopediatria revela que as frequências nas consultas são importantes para diagnóstico de muitas doenças, algumas graves e assintomáticas. “O teste do olhinho identifica doenças como tumores, glaucoma congênito, catarata, infecções entre outras doenças congênitas em bebês. Após esse primeiro contato uma nova avaliação deve ser feita aos seis meses de idade”, recomenda.
Até os dois anos os pais devem ficar atentos aos sinais, pois nessa idade crianças não conseguem expressar o que sentem. “Alguns sinais são choro, levar as mãos aos olhos com frequência, ficar agitadas, desvios repentinos dos olhos, lacrimejamento, reflexo esbranquiçado nos olhos nas fotos, dificuldade de fixar o olhar, além de enjoos e dores de cabeça. Quanto mais cedo essas alterações foram percebidas e procurarem um especialista, as chances de um tratamento eficaz são maiores”, explica o profissional.
A recomendação da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica é que até os dois anos as consultas regulares ao oftalmologista devem acontecer a cada seis meses. Depois a frequência deve ser anual até os 10 anos de idade. “A prevenção e o tratamento precoce é o que vão garantir um desenvolvimento visual seguro em todas as idades”, pontua o oftalmologista.
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