“Nunca se falou tanto na importância de manter a saúde mental como atualmente”, afirma psicóloga.
Por Redação Folha Expressa | Publicado em 29/12/2020 às 10h20
O termo “saúde mental” atingiu o ponto mais alto de procura nos últimos 10 anos, de acordo com o Google Trends, ainda no mês de junho. Segundo psicólogos, essa estatística reforça o quanto 2020 exigiu mais atenção com o autocuidado e o desenvolvimento de estratégias que fortaleçam o psicológico, reflexos dos longos meses de insegurança por conta da pandemia da Covid-19.
Essas mudanças bruscas e repentinas, que estão acontecendo de várias formas e nos âmbitos de nossas vidas, podem resultar em vários agravos à mente, é o que afirma a professora de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Redenção, Aline Meneses. A docente destaca também que a forma de compreensão desse contexto é capaz de auxiliar na superação dos desafios.
“O ano de 2020 nos trouxe diversos contratempos e, por conta do novo coronavírus e da crise político-financeira, nunca se falou tanto na importância de manter a saúde mental como atualmente. Para entrar em 2021 de forma mais leve, uma dica bacana é cultivar novos hábitos que aprimorem mecanismos de fortalecimento do bem-estar mental”, comenta Aline.
Confira algumas dicas da professora para manter a saúde mental:
1) Higiene ambiental: evite o excesso de informações e de notícias negativas. Se for preciso, mude a organização dos espaços, rotinas e tempo de acesso aos meios de comunicação e substitua por outras atividades mais prazeirosas e que despertem sensações de relaxamento e paz, como práticas esportivas, leituras e meditação;
2) Estabeleça metas realistas: concentre-se naquilo que está sob seu controle, crie uma rotina realista em casa, no trabalho ou nos estudos, com consciência do que se pode realizar mesmo com as limitações impostas pelo contexto atual;
3) Aprenda a lidar com seus estados emocionais: aceite que as emoções são estados passageiros e que é absolutamente normal sentir-se “triste”, “irritado” ou “com medo” de vez em quando. Por isso, entenda que os estados emocionais vêm e vão, dependendo do contexto em que vivemos, das expectativas que criamos e da maneira como percebemos as situações;
4) Examine e corrija seus pensamentos disfuncionais: não permita que cresçam em sua mente os pensamentos fatalistas, catastróficos. Quando esses pensamentos surgirem, procure questioná-los, trazer alternativas baseadas nas evidências contrárias que a realidade oferece. Cultive o hábito de examinar e pensar sobre seus próprios pensamentos para sempre que for necessário substituí-lo por outros mais realistas;
5) Invista no autocuidado: crie o hábito de olhar para as suas próprias necessidades em todos os âmbitos da vida (físico, mental, profissional, social, espiritual) e acolhê-las. A partir disso, tome decisões simples e necessárias para o seu bem-estar e qualidade de vida;
6) Cultive a esperança: procure adotar crenças e atitudes positivas para com o futuro. A esperança é um dos melhores fatores de prevenção para a nossa saúde mental, pois, ao nos depararmos com situações difíceis ou mesmo catastróficas, é ela quem nos faz resistir diante das dificuldades e nos levar a desenvolver estratégias de enfrentamento para tais situações;
7) Peça ajuda: sempre que sentir necessidade, peça ajuda a amigos, familiares e profissionais de saúde em geral. É normal que estejamos vulneráveis às vezes, porém, é importante aprender a reconhecer os nossos limites e buscar apoio quando não conseguirmos lidar com determinado problema ou estado emocional sozinhos.
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