Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e delegado de carreira na Polícia Federal, está enfrentando processos administrativos que podem resultar em sua demissão. Sua defesa pediu à Corregedoria da PF a suspensão desses processos, alegando parcialidade do presidente da comissão, o delegado Clyton Eustáquio Xavier.
Os advogados de Torres argumentam que Xavier deveria ter se declarado impedido de presidir os processos, citando uma suposta inimizade originada após Torres exonerar Xavier do cargo de diretor de operações da Secretaria de Operações Integradas da PF em 2021, o que resultou na perda de uma remuneração mensal significativa.
No pedido de suspeição, a defesa destacou que o delegado não teria considerado adequadamente as provas e testemunhos apresentados por Torres, e solicitou também a abertura de um processo contra Xavier por não se declarar impedido de conduzir a investigação.
Essa movimentação jurídica ocorre em meio às acusações de envolvimento e omissão de Torres nos eventos de 8 de Janeiro, que culminou na invasão do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).