O senador Sergio Moro, que ocupou o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, criticou vigorosamente o indiciamento do ex-presidente no inquérito das joias pela Polícia Federal, ocorrido nesta quinta-feira (4).
Moro usou suas redes sociais para contrastar o tratamento dado a Bolsonaro com o dado a Lula durante seu tempo como juiz na Operação Lava Jato. Segundo o senador, Lula não enfrentou um indiciamento por peculato devido ao recebimento de presentes estrangeiros enquanto era presidente. Durante a Lava Jato, Moro destacou que tais questões foram consideradas infrações administrativas, devido à ambiguidade das leis aplicáveis, com os crimes investigados sendo de outra natureza. Ele sublinhou uma clara disparidade no tratamento entre casos semelhantes.
Em resposta, aliados de Lula contestaram as críticas de Moro nos bastidores, apontando que a proibição para ex-presidentes ficarem com itens pessoais só foi estabelecida após 2016, após os primeiros mandatos do petista.
Além disso, os defensores de Lula enfatizaram que, ao contrário de Bolsonaro, o atual presidente nunca tentou comercializar os itens pessoais que recebeu.