De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (30/4), a massa de rendimento dos trabalhadores registrou um aumento significativo de 6,6% em relação ao ano anterior, alcançando um novo recorde na série histórica iniciada em 2012. No primeiro trimestre deste ano, esse valor atingiu a marca de R$ 308,3 bilhões, representando um acréscimo de R$ 19,2 bilhões em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Nesse período, o ganho médio da população ocupada foi de R$ 3.123, demonstrando um cenário de crescimento no rendimento dos trabalhadores. Além disso, a taxa de desocupação apresentou um recuo de 8,8% para 7,9% entre janeiro e março deste ano, sendo a menor taxa registrada para um trimestre encerrado em março desde 2014. Apesar disso, em comparação com o trimestre anterior, houve um aumento de 0,5 ponto percentual nesse índice.
A coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que o movimento sazonal deste trimestre não invalida a tendência de redução da taxa de desocupação observada nos últimos dois anos.
A força de trabalho, que inclui pessoas ocupadas e desocupadas, alcançou a marca de 108,8 milhões de pessoas no trimestre de janeiro a março. O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 57%, apresentando uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Um dos pontos positivos destacados pela pesquisa é o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que cresceu 3,5% em um ano, totalizando quase 38 milhões de pessoas.
Em relação ao rendimento do trabalho, a pesquisa revelou que houve um aumento médio de 1,5% no trimestre e de 4% na comparação anual. Dentre os grupamentos de atividade investigados, destacaram-se altas nos rendimentos de Transporte, armazenagem e correio, Outros serviços e Serviços domésticos.
A Pnad Contínua é um importante instrumento para monitorar a força de trabalho no país, sendo realizada por meio de uma amostra de 211 mil domicílios pesquisados. A pesquisa conta com cerca de dois mil entrevistadores em todo o país, integrados a uma rede de coleta composta por mais de 500 agências do IBGE.