Em uma entrevista, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ressaltou a importância de um debate sobre a regulamentação da inteligência artificial no Brasil. Para Marinho, é fundamental que as novas tecnologias sejam reguladas para evitar possíveis impactos negativos no mercado de trabalho.
O ministro expressou preocupação com as consequências não reguladas da inteligência artificial, alertando para um possível “estrago inimaginável” em diversas áreas, como comunicação, tradução, teatro, cinema, educação, advocacia e no sistema judiciário. Ele enfatizou a necessidade de um debate ético global sobre o assunto.
Marinho citou exemplos práticos, como os serviços de autoatendimento em supermercados e a substituição de serviços bancários por atendimento automático, como indícios dos desafios enfrentados. Ele questionou o impacto dessas tecnologias na geração de empregos, ressaltando a importância de encontrar um equilíbrio entre eficiência e preservação de postos de trabalho.
O ministro relembrou uma decisão tomada pelo Brasil há cerca de duas décadas, de não substituir o trabalho de frentistas e cobradores de ônibus por soluções tecnológicas. Ele defendeu a necessidade de pensar o emprego e o mercado de trabalho de forma regulada diante do avanço tecnológico.