O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (15) para anunciar novas medidas destinadas à recuperação do estado, duramente atingido por chuvas e enchentes. O anúncio ocorrerá após uma reunião ministerial e uma conversa com representantes dos Três Poderes em Brasília, visando alinhar informações e contextos para as ações emergenciais. O evento está marcado para as 13h30, no auditório da Unisinos, em São Leopoldo.
Participaram da reunião em Brasília o presidente da Câmara, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, além de ministros como Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência).
De acordo com os dados divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, até às 18h desta terça-feira, 446 municípios foram afetados pelas chuvas, com mais de 79 mil pessoas em abrigos, 538 mil desalojados e 2,1 milhões de pessoas afetadas. O relatório aponta 149 mortes, 806 feridos e 112 desaparecidos, além de mais de 76 mil resgatados e 11 mil animais salvos.
Esta será a terceira visita do presidente ao estado desde o início da crise climática. O Governo Federal mobilizou uma grande força-tarefa, envolvendo mais de 25 mil profissionais para atividades como salvamento, resgate, acolhimento de desabrigados, e logística de doações.
No âmbito econômico, o Governo Federal já anunciou três grandes medidas de apoio. A primeira envolve mais de R$ 50 bilhões em antecipações de pagamento de programas sociais, prioridade para gaúchos na restituição do Imposto de Renda, novos aportes no seguro-desemprego e linhas especiais de crédito. No último sábado, uma Medida Provisória no valor de R$ 12,5 bilhões foi emitida para garantir a continuidade das operações federais no estado.
Na segunda-feira, o Governo anunciou a suspensão por três anos da dívida que o Rio Grande do Sul tem com a União, liberando R$ 11 bilhões para um fundo de reconstrução do estado, além do perdão de R$ 12 bilhões referentes a juros do estoque total da dívida. As medidas foram encaminhadas ao Congresso Nacional por meio de um projeto de lei complementar.