Após as explosões na Praça dos Três Poderes a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados estuda mudanças nos protocolos de segurança da Casa. Uma das propostas é restringir a entrada principal, chamada Chapelaria, apenas para autoridades. Atualmente, o acesso é público, embora medidas como detectores de metais e raio-x estejam em vigor desde o ataque de 8 de janeiro. O reforço de segurança já foi implementado.
O autor do atentado, Francisco Wanderley Luiz, entrou na Câmara pelo anexo 4 na manhã de quarta-feira, onde passou pelo raio-x e fez uma rápida permanência antes de sair. Seu veículo com explosivos foi localizado no estacionamento público próximo ao anexo, área que abriga a maioria dos gabinetes dos deputados. Com apoio da Polícia Militar do Distrito Federal, a Polícia Legislativa fez varreduras na madrugada e ao longo da quinta-feira (14) para garantir a segurança.
Algumas explosões controladas foram realizadas na quinta pela manhã no estacionamento, incluindo a abertura do carro de Francisco e de um quiosque que ele alugou, onde nada foi encontrado. Após as operações, o funcionamento da Câmara foi retomado ao meio-dia. Uma sessão de votação foi interrompida na quarta-feira à noite pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que solicitou reforço das orientações de segurança.
Em função das novas varreduras preventivas, a visitação ao Congresso Nacional está suspensa até o dia 17 de novembro. As investigações sobre o incidente continuam, com a Polícia Legislativa atuando em conjunto com outras forças policiais para esclarecer os detalhes do caso.