Os integrantes do Partido Liberal (PL) se reuniram, nesta quinta-feira (6/7), em Brasília, para prestar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro — condenado a oito anos de inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Participaram do encontro deputados federais e estaduais, senadores, governadores e presidentes regionais da sigla.
O líder da legenda no Senado, Carlos Portinho (RJ), defendeu Bolsonaro e disse que a Corte eleitoral agiu com “motivação”, sem se importar “com o mérito” da ação. O ex-chefe do Executivo foi julgado pelo TSE por conta da reunião com os embaixadores, em julho do ano passado, em que ele usou a estrutura pública para atacar, sem provas, o processo eleitoral brasileiro. O tribunal entendeu que Bolsonaro cometeu abuso de poder político por usar o cargo para obter vantagem nas eleições.
Embora o motivo da reunião fosse para exaltar o ex-presidente, a reforma tributária também teve destaque no evento do PL. A legenda anunciou que votará em peso contra o projeto.
Nas redes sociais, Portinho defendeu que não há estudos de impacto nem projeções da medida, “cujo texto do relator foi publicado na calada da noite, sem prazo para estudo técnico pelos parlamentares”.
“Somos a favor da reforma, inclusive iniciada no governo passado. Mas ESTA carece de debate e análises. Se for no atropelo, sem isso, o PL poderá sim fechar questão contra”, escreveu o senador.
Jair Bolsonaro declarou que a bancada do PL, de 99 deputados, votará contra a proposta. “Do exposto, o presidente do Partido Liberal [Valdemar Costa Neto] e seu líder na Câmara dos Deputados [Altineu Côrtes] encaminharão, junto aos seus 99 deputados, pela rejeição total da PEC da Reforma Tributária”, disse o ex-presidente em seus perfis oficiais.