A PF investiga a ligação entre uma viagem de Anderson Torres à Bahia nas vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2022 e as blitze realizadas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no dia do segundo turno. As informações foram divulgadas pela jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, e confirmadas pelo UOL.
O que aconteceu
No domingo do segundo turno, a PRF deflagrou uma operação de blitze em cidades do Nordeste, reduto eleitoral de Lula (PT), que atrapalhou a chegada de eleitores às zonas de votação.
Na Bahia, dias antes do dia da eleição, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres teria pedido à superintendência da PF que atuasse em conjunto com a PRF contra supostos crimes eleitorais, como a compra de votos, em 30 de outubro de 2022.
O objetivo investigado por trás do pedido seria interromper o fluxo de eleitores na região, onde Lula (PT) tinha mais votos que Bolsonaro. Os investigadores da Polícia Federal analisam se Torres atuou para favorecer Bolsonaro com uso de órgãos públicos.
A sugestão de Torres foi ignorada pela PF da Bahia, segundo Andréia Sadi. Também participou da reunião o então diretor-geral da PF, Marcio Nunes.
A operação culminou na queda do então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, que se tornou réu acusado de improbidade administrativa.
*Com informações da UOL