O ex-presidente Jair Bolsonaro foi formalmente indiciado nesta quinta-feira (04), pela Polícia Federal no caso de desvio de presentes recebidos de autoridades estrangeiras. O relatório da investigação, entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), detalha um esquema organizado para desviar e vender itens que deveriam estar sob custódia oficial.
Segundo as informações levantadas, uma série de presentes valiosos, incluindo joias e esculturas, foram indevidamente retirados do acervo destinado ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH). O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, é apontado como um dos principais responsáveis pela operação ilegal.
Além de Bolsonaro, outras figuras próximas, como o general Mauro Lourenna Cid e advogados ligados ao ex-presidente, foram incluídos no indiciamento. O próximo passo será a avaliação da Procuradoria-Geral da República sobre a possível apresentação de denúncia ao Supremo Tribunal Federal.
Durante as diligências, constatou-se que parte dos itens desviados foi enviada ao exterior, utilizando inclusive recursos do governo para transporte. Até o momento, a defesa de Bolsonaro não se manifestou sobre as acusações.