A proposta de emenda à Constituição (PEC) para acabar com a escala de trabalho 6×1 – seis dias trabalhados e um de folga – tem gerado intensos debates nas redes sociais, levando ministros e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a se manifestarem publicamente. A proposta, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), já recebeu o numero de assinaturas de deputados e poderá começar a ser tramitada na Câmara.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, expressou apoio à PEC, afirmando que qualquer iniciativa para melhorar as condições dos trabalhadores conta com o respaldo do governo. “Se eu estivesse na Câmara, já teria assinado a PEC”, declarou Pimenta, em resposta à pressão popular que pede o apoio de parlamentares.
Apesar do apoio de alguns ministros, o governo federal não pretende atuar diretamente na tramitação da proposta. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, posicionou-se contra o avanço da PEC, sugerindo que mudanças na jornada sejam discutidas em acordos coletivos entre empresas e trabalhadores, e não por meio de emendas constitucionais.
Em maio, Marinho se reuniu com a autora da PEC e representantes do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que lidera a campanha pelo fim da jornada 6×1. Apesar do encontro, o projeto ainda não avançou, e as discussões sobre a mudança permanecem em estágios iniciais.