Nesta quinta-feira (11), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou em entrevista a GloboNews que irá retomar os inquéritos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), sobre o COVID-19, realizados no Senado em 2021.
“Temos dados da CPI para serem avaliados, decisões do Supremo (Tribunal Federal) que envia para a Procuradoria os achados que foram feitos no Congresso durante esse período”, apontou o PGR.
“Vamos reanalisar aquilo que for possível realizar ainda em termos de análise e de repercussão jurídica do que foi feito, e do que deixou de ser feito”, afirmou Gonet.
O relatório apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) propôs oitenta e um indiciamentos. A lista inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi arquivado por pedido do Ministério Público (MP) e o então presidente Jair Bolsonaro (PL), além dos ex-ministros Eduardo Pazuello, Marcelo Queiroga e Onyx Lorenzoni.
Os pedidos de investigação foram pouco discutidos pelos parlamentares durante o mandato do ex-PGR Augusto Aras. Além disso, o ministro do Supremo, Dias Toffoli, a pedido da ex-vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, arquivou duas apurações preliminares.
8 de janeiro
Gonet também afirmou que o parlamentar agirá com imparcialidade e levará as investigações sobre os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 janeiro 2023, até as “últimas consequências”. Todos os que trabalham na apuração desses fatos têm o objetivo de evitar quaisquer consequências. Actuar de forma republicana é o que eu disse anteriormente.
“Quem tem o que explicar vai precisar explicar. Nós não vamos fazer prejulgamentos e dizer: ‘olha, você deve ter cometido isso. Então nós vamos punir’. Não. É atuar sempre de acordo com os parâmetros da Constituição, com respeito ao devido processo legal”, enfatizou.