Às vésperas da eleição à presidência do Senado, aliados do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do governo de Lula (PT) que apoiam a reeleição do senador mineiro discutem a indicação de postos para a cúpula da Casa. Caso vença a disputa contra o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Pacheco deve dar espaço na Mesa Diretora a partidos que integram a Esplanada do Executivo petista, como MDB e União Brasil. O PL, sigla de Bolsonaro, deve ser isolado sem ter representantes no comando do Senado.
O grupo pró-Marinho atua contra o favoritismo de Pacheco e aposta em traidores nos cálculos parciais da disputa. Já aliados de Pacheco dizem que ele sairá vitorioso e com ampla margem de 55 votos —são necessários ao menos 41 votos. Para manter o mapa de apoios, Pacheco e aliados negociam a distribuição de cargos na Mesa Diretora e nas principais comissões. O UOL apurou como está desenhada, até o momento, a próxima cúpula do Senado. Mudanças, contudo, ainda podem ser feitas:
A primeira vice-presidência deve permanecer com o senador Veneziano Vital (MDB-PB); A segunda vice-presidência deve ficar com o União Brasil, que indicaria a professora Dorinha (União-TO); A primeira secretaria, conhecida como a “prefeitura” do Senado, deve ficar com o PT. É a cadeira que tem mais cargos para indicações Atualmente, o PL tem a segunda vice-presidência, com o senador Romário (RJ). Se Pacheco vencer a disputa, o partido não deverá ocupar nenhum cargo na Mesa Diretora do Senado. Pacheco ainda tem prometido montar um Conselho de Ética forte e atuante. Segundo fontes, a ideia seria montar algo similar ao que se viu da oposição durante a CPI da Covid.
* com informações da UOL