O presidente nomeou o atual diretor-geral da PF (Polícia Federal), Márcio Nunes de Oliveira, para a função de adido policial federal na Embaixada do Brasil em Madri, na Espanha, pelo prazo de três anos.
A designação foi publicada na edição de hoje do DOU (Diário Oficial da União) e é assinada por Bolsonaro e pelos ministros da Justiça, Anderson Torres, e das Relações Exteriores, Carlos França.
Quem é Márcio de Oliveira
Na PF desde 2002, Oliveira era secretário-executivo de Torres, portanto o número 2 na pasta. Em fevereiro, ele foi nomeado para a diretoria-geral da PF, época em que o órgão lidava com inquéritos sensíveis para Bolsonaro e seus aliados.
Dias antes da indicação, o presidente foi acusado pela corporação de cometer crime de violação de sigilo funcional, ao divulgar o conteúdo de um inquérito sigiloso sobre ataque hacker aos sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
À frente da PF, Oliveira negou que as trocas na corporação interferiam nas atividades da polícia, proibiu celulares em reuniões e classificou como “verdadeira ilação” dizer que houve instrumentalização do órgão em prol da candidatura à reeleição de Bolsonaro.
A nomeação dele para o cargo na PF foi a quinta no governo Bolsonaro. O delegado Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, não assumiu o posto por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).