Criado para prevenir e combater lavagem de dinheiro, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) teria sido retirado do Banco Central e levado para o Ministério da Fazenda pelo governo Lula por motivação política, segundo insinuou o senador eleito e ex-ministro da Justiça no Twitter.
Essa medida, porém, foi tomada primeiro por Bolsonaro.
Em 2 de janeiro de 2019, Bolsonaro transferiu o órgão da Economia para a Justiça, então com Moro, mas mudou de ideia ao prever a devolução do órgão à Economia (hoje Fazenda) na medida provisória da reforma administrativa que enviou para aprovação do Congresso em maio daquele ano.
Cronologia:
Janeiro de 2019: Coaf sai da Economia e vai para Justiça
Maio de 2019: Coaf retorna para a Economia
Janeiro de 2020: Coaf deixa a Economia e vai para o Banco Central
Janeiro de 2023: Coaf é realocado no Ministério da Fazenda
Moro chegou a dizer em entrevista ao Flow Podcast que Bolsonaro tirou o Coaf de seu ministério e enviou para Economia porque tinha “medo” de que as investigações do órgão o atingissem e que a mudança buscava “enfraquecer o combate à corrupção”.
“O pessoal ali tinha medo, porque sabia que ali não tinha esquema, não tinha negócio.”
