O governo escalou hoje seus ministros e parlamentares ligados ao presidentes para rebaterem as associações entre fala do presidente Lula (PT) em querer se vingar do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) às ameaças que o parlamentar sofreu da facção criminosa PCC.
O que aconteceu?
O ministro Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social), afirmou que a tentativa de vínculo é “estratégia perversa” que “serve à disputa política”, em entrevista à imprensa no Planalto. Flávio Dino, ministro da Justiça, falou que os apontamentos nas redes sociais são “narrativas completamente falsas”. Segundo ele, o relato das ameaças já havia sido passado à PF (Polícia Federal) há pelo menos 45 dias. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), chamou a associação de “viagem lunática”, em entrevista ao UOL News nesta manhã.
Pimenta chamou a imprensa no Planalto só para falar da operação. Ele elogiou a PF, dizendo que a organização voltou a ter um “espírito republicano” e não é mais “aparelhada” nem está “a serviço de nenhum projeto politico”.
Como argumento, ele listou a cronologia da operação:
- Começo de janeiro: início
- 13 de março: representação junto ao poder Judiciário
- 16 de março: recrutamento dos agentes
- 22 de março: deflagração
Portanto, não há qualquer nexo, possibilidade de vínculo, entre a manifestação do presidente e a operação que foi realizada. Muito pelo contrário: a operação é demonstração dessa isenção, dessa postura que é o que nós queremos que o estado brasileiro recupere, esse caráter institucional e despolitizado de suas instituições.”
*Com informações da UOL