Na manhã desta sexta-feira (2) os ministros do presidente Lula participaram de uma entrevista coletiva de imprensa no Palácio de Karnak, ao lado do governador Rafael Fonteles (PT) onde trataram do debate sobre política climática brasileira, que será realizado a tarde no Centro de Convenções de Teresina.
Estão na capital piauiense os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias.
O evento faz parte da Plenária do Plano Clima Participativo, que será realizada pelo governo federal. Através do plano o governo faz consultas diretas à população e debates com especialistas em meio ambiente, organizações da sociedade civil, conselhos de políticas públicas, movimentos sociais e sindicais, em todas as etapas de elaboração do texto.
Durante entrevista coletiva, Marina Silva lamentou o processo de desertificação que atinge o estado.
“Os processos de desertificação podem ser contidos ou acelerados, no caso dessa junção de fenômenos naturais, el niño, la niña, desmatamento e mudança do clima é um acelerador do processo de desertificação. Aqui nós temos um trabalho na região de Gilbués para conter a desertificação e conter esse processo. As árvores são fundamentais para conter esse processo, então você tem que parar de desmatar, desassorear os rios para que eles sejam preservados”, disse a gestora
A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupando 10,1% do território nacional, com uma área de 862.818 km². É o quarto maior bioma do país, se estendendo pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais.
Já Wellington Dias criticou o desmonte da política ambiental de preservação do último governo.
Ouvia do meu avô quando era criança, onde tem muitas árvores e árvores grandes tem muita água. Onde quase não tem árvores chove menos. Em lugares desérticos chove muito pouco. A gente precisa ter essa integração maior com a natureza. Iniciamos um trabalho em Gilbués para recuperação, quando tiraram a presidenta Dilma com um golpe houve um desmonte desse programa, disse o ministro.