Mauro Vieira declarou que reiterou os apelos por uma “solução pacífica” para o conflito, destacando as declarações do presidente Lula que defendem a mediação de um grupo de países amigos para promover negociações entre Rússia e Ucrânia. O diplomata russo respondeu em comunicado que as conversas com o governo brasileiro transcorreram de forma “cordial” e que a Rússia compreende a posição do Brasil em relação à guerra.
Lavrov afirmou que está considerando os apelos do Brasil, mas destacou a importância de uma solução duradoura, não imediata. Ele ainda mencionou que as conversas entre Brasil e Rússia abordaram diversas questões importantes e que as visões dos dois países sobre os acontecimentos na Ucrânia são únicas.
Ontem, Lula reiterou a responsabilidade da Ucrânia no conflito com a Rússia, afirmando que tanto o presidente Putin quanto Zelensky não estão tomando a iniciativa de cessar as hostilidades. Além disso, Lula criticou a contribuição contínua da Europa e dos Estados Unidos para a continuidade da guerra.
Mauro Vieira também reiterou a posição do Brasil de não impor sanções unilaterais contra a Rússia, destacando que essas medidas não contam com a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e podem ter um impacto negativo nas economias globais, especialmente nos países em desenvolvimento. Os dois diplomatas também discutiram parcerias no setor de energia, agricultura e tecnologia.
Lula tem enfatizado a necessidade de um grupo de países não envolvidos no conflito com a Ucrânia, incluindo Brasil e China, mediar as negociações para o fim da guerra.