Manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro foram registradas no último domingo (12) em capitais do Brasil. Os atos pedem o impeachment do presidente e cobram por mais vacinas contra a Covid-19.
Partidos e movimentos de esquerda, centro e direita voltam a dialogar nos próximos dias na tentativa de unificar as agendas de protestos contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido). A ideia é promover uma manifestação conjunta em 15 de novembro, data que marca a proclamação da República.
Mas a criação de uma frente ampla e diversa em defesa do impeachment parece distante no horizonte. Líderes da campanha nacional Fora Bolsonaro, que iniciou as manifestações presenciais em 29 de maio, criticaram o “fracasso” de público nos atos de ontem, capitaneados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua (VPR) e Livres, que atuaram diretamente na mobilização pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
“O fracasso das mobilizações deste domingo demonstra que quem quiser realmente o impeachment de Bolsonaro terá de sentar para conversar com a esquerda”, afirmou o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. “Somos os únicos com capacidade de mobilização além do bolsonarismo. Estamos abertos a construir iniciativas com qualquer um que esteja contra Bolsonaro, mas sem adesismo.”
A agenda unificada será discutida em uma reunião, nesta quarta-feira (15) , com representantes de 9 partidos de oposição em Brasília. Pelo desenho inicial, siglas e grupos à esquerda planejam fazer uma manifestação nacional mais ampla que as anteriores em 2 de outubro. Conduzem a preparação desse protesto PT, PSOL, PSB, PDT, PCdoB, Cidadania, Solidariedade, UP e Rede.