O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta quinta-feira (22), com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, na primeira reunião bilateral após chegar a Paris, na França. Lula está na Europa desde a última terça-feira (20) e, antes da capital francesa, cumpriu agenda em Roma e no Vaticano, na Itália.
No encontro, os dois líderes falaram sobre a cúpula do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, que ocorre entre os dias 22 e 24 de agosto em Johanesburgo, na África do Sul. De acordo com a Presidência, Lula e Ramaphosa também discutiram opções para solução pacífica do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O presidente sul-africano contou sobre sua participação na comitiva de altos representantes de países africanos (junto com Comores, Congo, Egito, Senegal, Uganda e Zâmbia) que esteve em Kiev para uma audiência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e em Moscou para conversar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
No encontro em Moscou, o presidente sul-africano defendeu o fim da guerra, especialmente pelas consequências do conflito nos países de seu continente. Segundo ele, as dificuldades para importar grãos da Ucrânia e fertilizantes da Rússia estão comprometendo a segurança alimentar em diversos locais da África e do mundo.
As falas, entretanto, não foram bem recebidas por Putin, que apresentou uma lista de motivos pelos quais acredita que as propostas dos líderes africanos são equivocadas. Segundo o presidente russo, a Ucrânia e os países do Ocidente são os responsáveis pelo aumento agudo dos preços globais dos alimentos.
Nesta quinta-feira, Lula também se reuniu com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, e com a ex-presidente do Brasil e presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff. Com o cubano, Lula tratou sobre as potencialidades para aumentar a cooperação em áreas de interesse dos dois países e sobre assuntos relativos à conjuntura mundial.