O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu estender o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos e aeroportos dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo por mais 30 dias.
A medida, que estava em vigor desde 6 de novembro do ano anterior, envolve um contingente de 3,7 mil militares das Forças Armadas, que atuam diretamente na segurança pública contra o crime organizado. O decreto referente à prorrogação foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira (03).
Segundo balanço divulgado pelo governo, desde o início da ação coordenada das forças de segurança, aproximadamente 172,3 toneladas de drogas foram apreendidas, 282 armas foram recolhidas e mais de 3,1 mil pessoas foram detidas. Além disso, foram realizadas 11,2 mil fiscalizações em embarcações e inspecionadas 107,6 mil cargas.
A decisão do presidente foi embasada por parecer assinado pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio Monteiro, com a concordância do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
A GLO autoriza o governo federal, por meio das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, a agir em ações nos Portos do Rio de Janeiro e de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, e no Porto de Santos, em São Paulo, além do Aeroporto do Galeão, no Rio, e do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A GLO é válida apenas em territórios federais.
Os custos operacionais, incluindo diárias, totalizaram R$ 215,6 milhões, distribuídos entre Polícia Federal (R$ 3,2 milhões), Força Nacional (R$ 1,5 milhão), Forças Armadas (R$ 182 milhões) e Polícia Rodoviária Federal (R$ 28 milhões).
“A sugestão de prorrogação da operação para o combate ao crime organizado leva em consideração a pendência de conclusão de algumas medidas e a avaliação dos bons resultados alcançados por todos os órgãos envolvidos. Na avaliação do Ministério da Justiça, o conhecimento gerado e as ações de inteligência desenvolvidas e aprimoradas representam um legado à gestão da segurança pública no país e, em especial, aos cidadãos brasileiros”, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em nota.