Após se reunir com o presidente Lula (PT) e Flávio Dino, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, aceitou o convite para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A reunião desta quarta-feira (10) na noite terminou com a confirmação do novo chefe da pasta.
Após a aprovação, Lewandowski, Lula e Flávio Dino devem fazer o anúncio da nomeação do novo ministro nesta quinta-feira (11).
Ao completar 75 anos, Ricardo Lewandowski se aposentou compulsoriamente da Suprema Corte em abril de 2023. Ele assumirá o cargo anterior de Flávio Dino, que entrará no STF em fevereiro deste ano.
Embora todos em Brasília estivessem cientes de que Lewandowski seria o nomeado para liderar o Ministério da Justiça, o anúncio oficial ainda não teria sido feito. Isso se deve às negociações entre Lewandowski, Lula e Dino.
Isso é principalmente devido aos nomes que irão compor an equipe na pasta. O problema radica no fato de que o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal só teria aceitado o convite com a garantia de carta branca para an escolha da equipe. Como resultado, Lula e Dino estão conversando sobre maneiras de colocar os aliados em cargos diferentes na Esplanada dos Ministérios.
uma saída honrosa de Ricardo Capelli, secretário-executivo da pasta, que já declarou que não pretende permanecer em outra posição.
Carreira
Enrique Ricardo Lewandowski é formado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1971 com uma graduação em Ciências Políticas e Sociais. Além disso, obteve um bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo em 1973.
Em 1980, recebeu o grau de Mestre e em 1982, o de Doutor. Obteve o título de Master of Arts em Relações Internacionais pela Fletcher School of Law em Diplomacy da Tufts University nos Estados Unidos.
Foi conselheiro da seção de São Paulo da Ordem dos Advogados. De 1984 a 1988, ocupou o cargo de secretário de Governo e Assuntos Jurídicos de São Bernardo do Campo, e de 1988 a 1989, ocupou o cargo de presidente da EMPLASA, an Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo.
No ano de 1990, começou a trabalhar como juiz no Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo, onde permaneceu por sete anos. Foi promovido posteriormente a desembargador do Tribunal de Justiça paulista por mérito. De 1993 a 1995, também foi vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros.
O presidente Lula o nomeou para o Supremo Tribunal Federal, após uma carreira anterior como presidente da Suprema Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Foi presidente e ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Lewandowski foi o líder do julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 no Senado Federal. Defendeu a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010.