A portaria foi publicada na edição de hoje do DOU (Diário Oficial da União). Mauro Cid é tenente-coronel do Exército e foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dispensar MAURO CESAR BARBOSA CID da função de Assessor-Chefe Militar da Ajudância-de-Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República, de 9 de setembro de 2022, a contar de 31 de dezembro de 2022.
Considerado o braço direito de Bolsonaro e um de seus principais conselheiros, Mauro Cid foi indiciado pela PF (Polícia Federal) por produzir desinformação disseminada pelo ex-presidente.
Em dezembro, a PF concluiu que Jair Bolsonaro associou, falsamente, a vacina contra a covid-19 e o vírus HIV em uma live feita em outubro de 2021.
Na mesma transmissão, Bolsonaro disse, sem apresentar provas, que a maioria das vítimas de gripe espanhola não teria morrido da doença, mas de “pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”.
A investigação indica que Mauro Cid levantou as informações e, por isso, ele foi indiciado por dois crimes:
Art. 141 da Lei de Contravenções Penais: Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto;
Art. 286 do Código Penal: Incitação ao crime.
Outra dispensa
Jonathas Diniz Vieira Coelho, outro ajudante de ordens da Presidência, também foi dispensado do cargo. Ele ficou conhecido durante a CPI da Covid, que investigou ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia.
Segundo o deputado Luis Miranda (DEM-DF), o assessor Jonathas Coelho foi a primeira pessoa do governo Bolsonaro a ser informada sobre o suposto esquema de corrupção na compra de vacinas Covaxin.