O Google divulgou na quarta-feira (24) sua decisão de não permitir anúncios políticos durante as eleições municipais que ocorrerão em outubro deste ano. Essa medida entrará em vigor a partir de maio, alinhando-se com uma resolução estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com as diretrizes do TSE, as plataformas de redes sociais devem adotar medidas para impedir ou reduzir a circulação de informações falsas ou descontextualizadas. As plataformas que não removerem conteúdos antidemocráticos ou que contenham discursos de ódio, como manifestações racistas, homofóbicas ou nazistas, poderão ser responsabilizadas por isso.
Além disso, a resolução regulamenta o uso da inteligência artificial durante o período eleitoral municipal. Ela proíbe a manipulação de conteúdo falso para criar ou alterar a imagem ou a voz de candidatos com o intuito de prejudicar ou favorecer determinadas candidaturas.
Outra restrição estabelecida é em relação ao uso de chatbots, programas de computador que simulam conversas com pessoas de forma pré-programada, e avatares, representações virtuais de corpos, para intermediar a comunicação das campanhas com eleitores reais.
O objetivo principal do TSE ao adotar essas medidas é evitar a disseminação de montagens de imagens e vozes produzidas por aplicativos de inteligência artificial, as quais poderiam ser utilizadas para manipular declarações falsas atribuídas a candidatos e autoridades envolvidas com a organização do pleito.