Durante a sessão ordinária na Câmara Municipal de Teresina, desta quarta-feira (3), foi apresentado o veto total da Prefeitura sobre a proposta de reajuste de 20,8% para professores da rede municipal da capital. Inicialmente, a Prefeitura de Teresina tinha enviado uma proposta de 5%. O valor, no entanto, foi alterado através de emenda de autoria do vereador Deolindo Moura (PT), assinada por pelo menos 15 vereadores. Uma nova sessão acontecerá na quinta-feira (04), para a votação da matéria.
O autor da proposta, vereador Deolindo Moura (PT), criticou o veto total ao projeto, “Mesmo, ele podendo ter sido vetado parcialmente, só a emenda, mas eles mandaram veto total, inclusive com uma forma de pressionar a Câmara Municipal de Teresina.”, destacou o parlamentar.
Deolindo ainda pontou sobre quem teria coragem de votar contra uma proposta que beneficie uma classe tão importante quanto a dos professores “O fato é que nós vamos, eu tenho quase que certeza que vetar esse projeto, eu tenho certeza que nenhum dos colegas vereadores querem se desgastar com a categoria tão importante como os professores. Esse projeto será vetado totalmente, tendo em vista inclusive também, que a prefeitura não fez nenhum diálogo, seja com categoria, seja com a Câmara Municipal, diretamente falando. Permanecem os 20,8%, então. Podem votar e vetar inclusive a própria base do prefeito? Eu acredito que sim, eu acredito que o prefeito hoje não tem a base de cinco vereadores para votar contra esse projeto de lei”, afirmou.
O presidente do Sindicato do Servidores Municipais de Teresina, Sinesio Santos, também manifestou insatisfação sobre o argumento utilizado pela prefeitura para vetar a proposta.
“É uma grande mentira dizer que utilizar os R$ 862 milhões que vem para o Fundeb, que é carimbado para a educação, vai influenciar em outros setores. Isso é uma falácia absurda. Além desses R$ 862 milhões, que são R$ 290 milhões a mais do que no ano passado. E em relação ao outro recurso também é da educação, que é 25% da receita corrente líquida, são mais de R$ 300 milhões. Então, não existe, dentro desse argumento, nada sustentável”, afirmou.