Após especulações, a deputada federal Marina Silva, conhecida por seu ativismo ambiental, foi confirmada como Ministra do Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A escolha do presidente eleito tem como objetivo replicar o sucesso da primeira gestão de Marina à frente da pasta, onde ela liderou um plano interministerial que resultou na redução de 83% na taxa de desmatamento na Amazônia entre 2004 e 2012.
Embora a indicação de Marina já fosse esperada em dezembro, seu nome não foi incluído nas duas primeiras levas de ministros anunciadas por Lula. A pasta do Meio Ambiente chegou a ser cogitada como opção para a senadora Simone Tebet, e a indefinição sobre o cargo que ela ocuparia no novo governo atrasou a confirmação de Marina.
Antes do primeiro turno, Marina Silva declarou publicamente seu apoio à candidatura de Lula, alegando que ele tinha as “melhores condições para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo que se espalha na sociedade”. Como contrapartida, Lula incluiu no seu programa de governo políticas climáticas e ambientais propostas por Marina.
Com a confirmação de Marina como Ministra do Meio Ambiente, a campanha de Lula passou a dar uma atenção inédita à Amazônia, à crise climática e aos povos indígenas durante as eleições presidenciais.
Ao passar pela COP27 (27° Conferência do Clima), Marina Silva afirmou estar ciente de que enfrentará desafios ainda maiores do que os da primeira década do século. No entanto, ela acredita que sua experiência bem-sucedida no passado a ajudará a contorná-los. A transversalidade das políticas de combate ao desmatamento foi um dos fatores chave para o sucesso do plano implementado por Marina, que ela pretende repetir.