O Sindicato dos Motoristas de Transporte Urbano de Teresina (Sintetro) convocou para a próxima terça-feira (7) uma Assembleia para decidir sobre a deflagração de uma nova greve geral de ônibus na capital. Fonte sindical relatou ao portal Cidadeverde.com que, se aprovada, o movimento deverá ser mais intenso do que os anteriores: “Vamos fazer um estardalhaço”, disse. Para evitar que a situação chegue a tal ponto entraram em ação “bombeiros” tanto do Palácio da Cidade, quanto da Câmara Municipal.
Acontece na manhã desta sexta-feira (3) uma audiência da Comissão de Transporte da Câmara com o Sintetro. Na próxima terça (7), o secretário de Governo, Michel Saldanha, terá uma reunião com o trabalhadores do transporte, momentos antes da Assembleia que definirá o futuro da greve. A informação foi confirmada pelo presidente do Sintetro, Antônio Cardoso.
“A gente viu os vereadores mais do lado da população, mas acalmou um pouco. Enviaram uma carta-proposta para a prefeitura, dá a entender que eles esquecem da população e somos nós quem continuamos a pagar o pato […] estamos em estado de greve, dependendo de hoje [na audiência] e do secretário de Governo, que é ele que terá que convencer a categoria que vai dar certo, vamos ver os rumos dessa conversa, continuamos em estado de greve e ela pode acontecer a qualquer momento”, declarou.
O diálogo entre os representantes e os vereadores marcou a primeira audiência da Comissão de Transporte na Câmara. O ato contou com a presença de mais de 10 representantes de movimentos sociais, entre eles a frente estudantil, Ascante, institutos e federações.
Diante da cobrança da categoria sobre uma resposta, o presidente da Comissão, vereador Dudu Borges, disse que a Câmara Municipal não pode resolver o problema sozinha e cobrou uma atuação mais incisiva do Ministério Público do Trabalho.
“Os trabalhadores são humilhados cotidianamente. Infelizmente, o trabalhador do sistema de transporte é operador de uma empresa, eles não são funcionários da Câmara, prefeitura ou Assembleia. O que a gente quer aqui é resguardar os direitos deles. Agora, mais do que nunca, quem tem que entrar nessa discussão é a procuradoria do trabalho, faço um apelo aqui para que se manifeste”, destacou o vereador.
*com informações do cidade verde pi