O deputado federal Junior Mano (CE) foi expulso do PL, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por apoiar o candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão, no segundo turno. Ele irritou-se com o fato de que o parlamentar participou de um comício ao lado do petista e não tenha feito o mesmo gesto em relação ao candidato André Fernandes (PL).
O deputado federal Junior Mano (CE) foi expulso do PL, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por apoiar o candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão, no segundo turno. Ele irritou-se com o fato de que o parlamentar participou de um comício ao lado do petista e não tenha feito o mesmo gesto em relação ao candidato André Fernandes (PL).
O parlamentar afirmou que recebeu a notícia de que estava fora do PL pelo presidente do diretório cearense do partido, Carmelo Neto. Os perfis bolsonaristas no X (antigo Twitter) tratam Junior Neto como traidor. O deputado tentou se defender no mesmo ambiente e publicou reportagens que mostram coligações onde PT e PL estiveram juntos no primeiro turno — alianças que elegeram 49 prefeitos em 6 de outubro. Uma delas foi a de Duarte Junior (PSB) em São Luís, onde PT e PL estiveram lado a lado.
“Discurso demagogo do PL. PT e PL estiveram juntos em várias cidades do país. Incoerência tem só no Ceará? Maranhão teve coligação”, apontou.
Em outro vídeo, Junior Neto disse que ele e o prefeito do município cearense de Eusébio, Acilon Gonçalves — que também deixou o PL para apoiar Evandro Leitão — levantaram mais de um milhão de votos para os candidatos do partido. “Diante de todos os fatos que têm ocorrido na capital, resolvi, sim, tomar a posição de apoiar o amigo Evandro Leitão. Voto no Evandro não é porque ele é do PT, voto no Evandro porque ele é o melhor para Fortaleza. Evandro mostrou com sua capacidade de diálogo, de atender as pessoas e a classe política. Tenho certeza de que a capital terá um grande prefeito pelos próximos quatro anos”, frisou Junior Neto.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, publicou um vídeo no qual afirmava que para estar na legenda era condição fundamental votar em pautas da direita. “Essas pessoas que nós vamos querer no nosso bloco, que nós vamos querer no apoio ao nosso presidente, ao Bolsonaro, tem que defender as pautas da direita. Não pode ser qualquer legenda, tem que ser na pauta da direita”, cobrou, sem citar Junior Mano.