O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista à Folha de S.Paulo publicada na 2ª feira (26.jun.2023), que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pode vir a ser candidata à Presidência se quiser, mas, em sua avaliação, “ela não tem experiência para isso”. Para o ex-presidente, ela “é um excelente cabo eleitoral”.
“Se ela quiser, ela pode sair candidata. Mas o que eu converso com a Michelle é que ela não tem experiência. Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares [entre deputados e senadores] não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência. Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares [entre deputados e senadores] não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência para isso. Mas é excelente cabo eleitoral”, declarou o presidente em entrevista realizada na casa do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, em São Paulo.
Em maio, Michelle disse não descartar a possibilidade de se candidatar a um cargo eletivo nas eleições de 2026. Atualmente, a ex-primeira-dama é presidente do PL Mulher, ala interna do partido direcionada para a participação feminina na política.
“Hoje estou no PL porque acredito no propósito, na missão. Estou lá para ajudar o partido do meu marido [o ex-presidente Jair Bolsonaro] e porque eles me veem com esse potencial de influenciar outras mulheres”, disse Michelle. “Agora, se no meio do caminho o meu coração arder, eu posso até vir a ser candidata a um cargo do Legislativo.”
Sobre o julgamento desta 3ª feira (27.jun.2023) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bolsonaro disse que não vai se “desesperar”. Afirmou ser “imbrochável até que se prove o contrário”, apesar de reconhecer a possibilidade de se tornar inelegível.
O ex-presidente evitou falar sobre quem apoiaria caso ficasse impedido de disputar a Presidência em 2026. Afirmou ter uma “bala de prata” para as próximas eleições presidenciais, sem especificar do que se tratava.
“Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar”, disse ao jornalista da Folha.
Apesar do risco de condenação, o ex-presidente disse achar “possível” a mudança do veredito quando novos ministros assumirem a presidência da Corte Eleitoral. “O que a gente sabe sobre o julgamento é pela imprensa. O [ministro] Alexandre [de Moraes] teria já enquadrado todo mundo para não pedir vista”, acusou, afirmando que o julgamento é “de acordo com a cara do freguês”.