Durante o G20 Social, no Rio de Janeiro, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, anunciou que a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza já conta com capacidade de apoiar 500 milhões de pessoas em países de renda baixa e média até 2030. A iniciativa inclui programas de transferência de renda e proteção social, visando segurança alimentar e inclusão socioeconômica para quem vive em extrema pobreza.
Os “Sprints 2030”, como foram chamadas as medidas emergenciais da aliança, preveem a ampliação de merendas escolares de qualidade para 150 milhões de crianças e programas de saúde materna e infantil para 200 milhões de mulheres e crianças. Segundo Dias, o foco inicial é atender emergencialmente as necessidades alimentares. “Com fome, não se aprende e não se consegue o emprego”, ressaltou.
A Aliança Global surge em resposta ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU de acabar com a fome até 2030. Com adesão inicial de 41 países e 13 organizações internacionais, a iniciativa também conta com o apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que já anunciou US$ 25 bilhões em financiamento adicional, e do Banco Mundial, que contribuirá com empréstimos e fundos não reembolsáveis.
Entre os países participantes, destacam-se nações em desenvolvimento da África e da América do Sul, bem como apoiadores da Europa, como Alemanha e França. Dias afirmou que negociações com os Estados Unidos e Argentina estão em curso para possível adesão. A cúpula do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, deverá consolidar os termos da aliança, fortalecendo o compromisso global contra a fome.