Uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (12/6) investiga desvios de recursos do fundo partidário e eleitoral do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), que foi incorporado ao Solidariedade no ano passado. Um dos alvos da operação é Eurípedes Gomes Júnior, presidente nacional do Solidariedade, que ainda não foi localizado pela PF.
As investigações tiveram início a partir de uma denúncia do então presidente do partido em desfavor de um ex-dirigente suspeito de desviar aproximadamente R$ 36 milhões. A ação da PF inclui sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal, além de bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis, deferidos pela Justiça Eleitoral do DF.
De acordo com a PF, as investigações revelaram indícios de uma organização criminosa estruturalmente ordenada, com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral. Esse esquema utilizava candidaturas laranjas em diversas regiões do país, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido.
Os atos de lavagem de dinheiro foram identificados por meio da abertura de empresas de fachada, aquisição de imóveis e superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido.
Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.