De acordo com despacho, o juiz determina que a Divisão de Contrainteligência da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal seja notificada para cumprir a determinação.
Por Pedrina Gomes | Publicado me 05/01/2020 ás 23:13
O cumprimento da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi determinada nesta segunda-feira (4) pelo juiz Gabriel Zago Capanema de Paiva, plantonista da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, dando a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso a mensagens apreendidas na Operação Spoofing.
A decisão de acesso as mensagens foi dada por Lewandowski no último dia 28. Na segunda-feira, o ministro reiterou a determinação depois que o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da Justiça Federal do Distrito Federal, havia classificado o caso como sem urgência. Segundo o magistrado, a questão não precisava ser analisada no plantão do Judiciário durante o recesso.
No despacho, o juiz determina que a Divisão de Contrainteligência da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal seja notificada para cumprir a determinação.
A Operação Spoofing prendeu em julho de 2019, suspeitos de invadir celulares do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro e de integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. De acordo com a decisão, as mensagens que digam respeito a Lula, direta ou indiretamente, devem ser entregues no prazo de 10 dias pela 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, com o apoio de peritos da Polícia Federal.
A defesa do ex-presidente informou que aguarda a designação de data e horário para obter a cópia do material.
A defesa também deverá ter acesso as conversas que tenham relação com investigações e ações penais de Lula na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba ou em qualquer outra jurisdição, ainda que estrangeira, diz o ministro. Já as informações relativas a outras pessoas devem permanecer em sigilo.
Há sete terabytes de informações obtidas na operação segundo o despacho.
Em outro pedido, a defesa de Lula quer que a Corte considere nulos os atos dos membros da força-tarefa nos processos contra o ex-presidente por parcialidade. O caso ainda não foi julgado.
Com informações do G1