O caso aconteceu no último sábado (28), em supermercado de Brasília.
Por Redação Folha Expressa com informações da CNN Brasil | Publicado em 01/12/2020 às 16H27
Uma idosa de 75 anos foi parar na UTI no último sábado (28) após ter sido acusada de furtar um par de chinelos em supermercado de Brasília. Ela sofreu um infarto e segue internada no Hospital Universitário de Brasília.
A família de Milta de Jesus Oliveira registrou boletim de ocorrência, na 30ª Delegacia de Polícia de São Sebastião, contra o supermercado. De acordo com o documento, familiares relataram que a senhora estava acompanhada de duas filhas quando passou as compras, no valor de R$ 600, no caixa, e após o pagamento, a atendente perguntou se ela também iria pagar pela “sandália que furtou”.
A ocorrência diz ainda que a vítima ficou muito nervosa, e tentou explicar que tinha chegado ao estabelecimento usando os chinelos. De acordo com a família, funcionários pediram que ela provasse que o objeto não tinha sido furtado, e Milta precisou retirar as sandálias pra mostrar que eram antigas. Ao conferir as imagens de câmeras de segurança, os funcionários constataram que ela dizia a verdade.
Em seguida, Milta se sentiu mal e deu entrada no hospital com dores no peito. O relatório médico aponta que ela sofreu infarto agudo do miocárdio. À CNN, o neto da aposentada, Johnny Rodrigues de Jesus, disse que a avó será submetida a um cateterismo nesta terça-feira (1) e tem estado de saúde estável, sem previsão de alta.
“Com certeza a saúde dela é a prioridade no momento, mas vamos buscar justiça”, disse o neto. “É inadmissível que isso aconteça em uma rede de supermercados tão grande. É muito triste ver que a minha avó está na UTI por conta desse episódio”, completou.
Em nota, a rede atacadista Super Adega assume que Milta foi “constrangida por um dos colaboradores do estabelecimento” e diz que realiza rigorosa apuração do ocorrido. Além disso, disse que “foi prestada assistência médica e psicológica para garantir o tratamento da vítima”.
“Sentimos muito pelos fatos. O Grupo Super Adega repudia qualquer atitude passível de promover constrangimento e discriminação”, completou a empresa.
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