Nesta quarta-feira(3), o ministro da Justiça em exercício, Ricardo Cappelli, declarou que não há “preocupação maior” sobre a segurança dos eventos da próxima semana, que comemoram um ano dos atos golpistas do 8 de janeiro. Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia terá abertura da exposição, que será chamada de “Democracia Restaurada” no Congresso.
Em entrevista à Rádio Eldorado, Cappelli foi questionado sobre a possibilidade de manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na próxima segunda, data em que completa um ano dos ataques. Há maior segurança e monitoramento. O acompanhamento está sendo realizado, afirmou.
Ele afirma que “até o momento, não há nada que gere preocupação adicional”. O ministro interino reiterou: “Claro que essas informações de inteligência mudam diariamente, mas, até o momento, não há nada que gere preocupação”.
Na última semana, autoridades do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram para discutir a segurança do evento. A presença dos presidentes dos Três Poderes – Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no que diz respeito ao Executivo; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no que diz respeito ao Legislativo; e Luís Roberto Barroso, no que diz respeito ao Judiciário – é garantida. O ato no Congresso, que deve durar uma hora e meia, deve atrair pelo menos 500 convidados.
Para concluir o plano de segurança para a próxima semana, Cappelli se reúne nesta quinta-feira com os demais membros da força de segurança. O Ministério da Justiça, as polícias federal e legislativa, bem como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estão colaborando na elaboração do plano.
Ainda no ano passado, Lula descreveu o evento como uma memória aos ataques aos prédios-sede dos Poderes. Pacheco disse aos jornalistas que tinha uma viagem marcada naquele momento sendo convencido pelo presidente a estar na capital para a ocasião.
Algunos governadores que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que foi afastado do cargo no dia dos ataques pelo STF até 15 de março do ano passado por “conduta dolosamente omissiva”, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já informaram que não estarão presentes na solenidade devido às suas férias. Tarcísio também viajou para a Europa e só voltará para São Paulo no dia seguinte ao evento.
Celina Leão (PP) será a representante do governo do Distrito Federal. Uma outra pessoa que não estará presente em Brasília é Ronaldo Caiado (União), de Goiás. A informação oficial diz que, a partir de sábado, ele será internado para um exame de saúde.
Além disso, os governadores do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, Cláudio Castro e Jorginho Mello, que são colegas de Bolsonaro, não devem comparecer. Jorginho afirmou que permanecerá no estado devido a “compromissos previamente marcados”.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), está de férias e ainda não decidiu se vai comparecer ao evento. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), afirmou que ninguém foi convidado para a cerimônia.
Com informações Correio Braziliense