O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, após a morte de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes, que o considera “maluco” e afirmou não ter “a menor ideia” de quem ele era. Francisco, natural de Santa Catarina, era proprietário do carro encontrado com explosivos no estacionamento da Câmara dos Deputados e usava o apelido de “Tiü França” nas redes sociais, onde compartilhava teorias da conspiração e fazia críticas a autoridades.
Em declaração ao portal Metrópoles, Bolsonaro sugeriu que Francisco poderia ter deixado “algo escrito ou gravado” sobre suas intenções, levantando a possibilidade de uma motivação terrorista, que agora é alvo de investigação pela Polícia Federal. Horas antes de sua morte, Francisco fez publicações que indicavam intenções hostis, mencionando o dia 13 e insinuando sua ação: “Pai, Tio França não é terrorista, né? Ele apenas soltou uns foguetinhos para comemorar o dia 13″, escreveu, numa aparente referência às explosões.
Francisco também compartilhou uma foto dentro do plenário do STF, comentando: “deixaram a raposa entrar no galinheiro”. Em 2020, ele foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal (PL), que hoje abriga Bolsonaro, embora na época o ex-presidente ainda não fosse filiado ao partido, tendo se juntado ao PL apenas em 2021. Bolsonaro ressaltou que a candidatura de Francisco aconteceu antes de sua entrada na legenda.