O advogado já havia sido preso em flagrante em novembro de 2014, época do crime, e depois, em dezembro do mesmo ano, e foi posto para responder processo em liberdade.
Redação Folha Expressa | Publicado em 20/01/2021 ás 20:37
O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), decretou a prisão de Adailton Maturino dos Santos na última segunda-feira (18), pela prática do crime de associação criminosa e corrupção ativa. Adailton foi acusado de ter subornado uma zeladora do tribunal para furtar os autos de um processo administrativo que tramitava na Corregedoria Geral de Justiça do Estado (CGJ-PI).
O advogado já havia sido preso em flagrante em novembro de 2014, época do crime, e depois, em dezembro do mesmo ano, e foi posto para responder processo em liberdade. Adailton tinha que cumprir medidas cautelares, entre elas não se ausentar de Teresina. Mas, em 2018, um juiz da Central de Inquéritos de Teresina revogou as medidas.
De acordo com a decisão de terça (19), quando o magistrado investigado no processo do qual Adailton é acusado de tentar furtar os autos se aposentou, a liminar que anulou as medidas cautelares perdeu a eficácia, em julho de 2019.
O juiz Carlos Hamilton pontua que o referido fato levou a decretação da prisão preventiva do dito réu pelo STJ (APn 940), na qual aponta que entre os meses de dezembro de 2017 e junho 2018 havia um esquema de venda de decisões judiciais para favorecer grilagem de terras na Bahia, envolvendo, como já mencionado, juízes e desembargadores.
Por fim, Carlos Hamilton assinala que a partir de tais fatos, não há como negar que a liberdade do acusado, por sua postura e conduta, deixa patente que a garantia da ordem pública resulta inquestionavelmente vulnerabilizada, revelando a necessidade de se decretar sua prisão preventiva à míngua de outra medida cautelar que melhor se adéque ao caso vertente.