A Prefeitura de Teresina, por meio da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB), entregou nesta segunda-feira (14), uma das obras mais importantes para agilizar os serviços relacionados à mobilidade urbana: a reforma da usina de asfalto. A obra contempla a ampliação e a modernização do local, com R$ 2,5 milhões investidos na construção de novas instalações e R$ 4,8 milhões na aquisição de novos equipamentos.
O evento aconteceu na sede da usina. Durante o evento, a usina foi batizada com o nome de um colaborador que trabalhou por mais de 35 anos no local, João da Costa Moura, que faleceu em 2015. A homenagem foi entregue a sua esposa.
Segundo o diretor de Asfalto da ETURB, Juca Alves, a reforma da usina envolve toda a estrutura física do local, com a construção de espaços como salas de aula, laboratórios, dormitórios, refeitório, escritórios, guarita de segurança, estacionamento, hortas, viveiro, galpões de armazenamento de insumos, fábrica de pré-moldados e espaços de lazer e convivência para os funcionários.
“Teremos salas de aula onde serão ministrados cursos a partir de parcerias com instituições de ensino superior, como o Instituto Federal do Piauí [IFPI] e a Universidade Federal do Piauí [UFPI]. A reforma começou em outubro de 2022 e está sendo finalizada em menos de um ano, proporcionando mais agilidade e eficiência na produção e aplicação de asfalto. Com o aumento da produtividade, o município deixará de comprar asfalto de outros estados para tocar as obras”, declara o diretor Juca Alves.
O presidente da ETURB, João Duarte, lembra de como a usina era, quando assumiu a presidência do órgão, em maio de 2021.
“A usina estava totalmente sucateada, só funcionava a óleo diesel, não tinha balança de pesagem para aferir a quantidade de insumos que a Prefeitura comprava, o laboratório estava desativado, os servidores estavam em funções inadequadas. Não havia refeitório, nem banheiro funcionando. A água estava imprópria para consumo porque o poço estava contaminado. A usina não tinha as licenças ambientais necessárias para seu funcionamento. Os insumos eram colocados ao ar livre, sem cobertura, então quando chovia se perdia uma quantidade significativa de material”.
Ainda durante o andamento da reforma, várias mudanças ocorreram, como a redução das perdas de material.
“De acordo com as normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes [DNIT], é aceitável perder até 8% de material. Antes da reforma, perdíamos 29,8% de tudo que era investido na usina, desde a produção até a aplicação. Hoje, reduzimos a perda para menos 5%”, comemora João Duarte.
O presidente cita ainda outras conquistas já obtidas.
“Todos os funcionários trabalhavam como auxiliares de serviços gerais. Hoje, cada um tem sua função: operador de máquina, operador de usina, mecânico, soldador, técnico de segurança do trabalho, etc, tudo de acordo com o Ministério do Trabalho. Antes, quando um motorista chegava para descarregar, não tinha onde descansar ou passar a noite. Agora, temos toda a estrutura necessária, como dormitórios, banheiros e refeitórios. Antes, os insumos ficavam armazenados a céu aberto e quando chovia, se perdia uma quantidade significativa de material, hoje temos galpões de armazenamento. Também temos todas as licenças ambientais, recuperamos a lagoa, adquirimos uma balança de medição e novos equipamentos”, acrescenta João Duarte.
Segundo o diretor-executivo da ETURB, Edmilson Ferreira, o local já contava com duas usinas de asfalto quente, que produz o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), utilizado nas obras de pavimentação e reparos na cidade.
“Teremos ainda a usina de asfalto a frio, que irá produzir o asfalto PMF [Pré-misturado a frio], uma mistura mais fácil de ser produzida, com menor custo e maior durabilidade. Essa parte já foi licitada e a empresa vencedora está finalizando a fabricação deste equipamento para nos enviar. Com tudo isso, vamos mais que dobrar a capacidade de produção da usina”, frisa o diretor-executivo.
A usina em números
A usina tinha produção média de 300 toneladas/dia de massa asfáltica. Após a reforma, será possível produzir cerca de 600 toneladas/dia.
Atualmente, a ETURB conta com 140 funcionários no setor de asfalto, distribuídos na produção na Usina, apoio administrativo, Coordenação Especial de Asfaltamento (com engenheiros e arquitetos) e nas obras pela cidade.
A usina funciona de segunda a sábado, de 7h às 14h, podendo iniciar às 5h e finalizar às 22h, de acordo com a necessidade (períodos de chuva em que há a maior incidência de buracos nas vias).