O Padre não negou o envolvimento, mas contestou a gravidez e a prática do aborto, versão apresentada pela jovem. O caso aconteceu no município de Nossa Senhora de Nazaré.
Por Redação Folha Expressa | Publicado em 30/10/2020 às 15H21
O Padre Alcindo Saraiva Martins foi afastado definitivamente da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, no município de Nossa Senhora de Nazaré, distante de 87 quilômetros de Teresina, após denúncias de que o Padre estava mantendo um relacionamento com uma fiel da igreja. O decreto foi assinado pelo Bispo Francisco de Assis Gabriel dos Santos nessa quinta-feira (29).
Em um trecho da nota divulgada pela igreja da Diocese de Campo Maior, no último sábado (24), afirma que o padre teria um relacionamento com a jovem e que ela estaria grávida.
“Em meados de julho deste ano, Dom Francisco de Assis, bispo diocesano, recebeu a jovem na Cúria Diocesana. Ela alegava ter possuído um relacionamento com o sacerdote e que estaria grávida. O senhor bispo então pediu que ela apresentasse provas do que havia denunciado”.
Trecho da Nota.
Dias depois da denúncia, a jovem teria entregado uma carta alegando que não estava grávida.
No dia 12 de agosto, foi determinado o afastamento provisório de Alcindo das funções como sacerdote e de fazer o uso de ordens, como a celebração de missas, batizados e casamentos, em todo o território da Diocese.
“No dia 12 de agosto de 2020, considerando as graves denúncias, o atentado ao sexto mandamento e que não houve atentado à vida, o bispo diocesano determinou, por meio de decreto, a suspensão das funções do sacerdote como pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, ficando ele proibido do uso de ordens em todo o território diocesano”.
Trecho da Nota.
No dia 18 de setembro, Dom Francisco, bispo da Diocese, decidiu pela permanência de sua desvinculação de qualquer atividade pastoral e assessorias local ou regional, ficando ele ainda proibido de assistir ou ministrar sacramentos, participar de lives nas redes sociais e a permanecer em silêncio público sobre o fato.
Em novo decreto publicado no dia 18 de setembro, Dom Francisco decidiu pela permanência de sua desvinculação de qualquer atividade pastoral e assessorias local ou regional, ficando ele ainda proibido de assistir ou ministrar sacramentos, participar de lives nas redes sociais, e a permanecer em silêncio público sobre o fato, bem como assumir a inteira culpa pelo desgaste a Igreja e às pessoas de boa fé.
Trecho da Nota.
Confira a nota da Diocese de Campo Maior:
A Diocese de Campo Maior, tendo em vista os fatos divulgados na mídia e que envolvem a pessoa do Padre Alcindo Saraiva Martins, incardinado nesta diocese, presta os seguintes esclarecimentos:
Em meados de julho deste ano, Dom Francisco de Assis, bispo diocesano, recebeu a jovem na Cúria Diocesana. Ela alegava ter possuído um relacionamento com o sacerdote e que estaria grávida. O senhor bispo então pediu que ela apresentasse provas do que havia denunciado.
Em uma conversa posterior com o sacerdote, ele não nega o envolvimento, porém contestou a tese de gravidez e aborto.
Dias depois, a jovem entregou ao bispo diocesano uma carta escrita e assinada por ela, afirmando que nunca esteve grávida, e que, consequentemente, não houve aborto. Na carta, ela ainda afirma ter usado a gravidez como argumento para continuar mantendo uma relação com o sacerdote.
No dia 12 de agosto de 2020, considerando as graves denúncias, o atentado ao sexto mandamento e que não houve atentado à vida, o bispo diocesano determinou, por meio de decreto, a suspensão das funções do sacerdote como pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, ficando ele proibido do uso de ordens em todo o território diocesano. O decreto ainda determinou a obrigação do padre em realizar um tirocínio espiritual extra muro de pelo menos 15 dias, a apresentação do seu cronograma de acompanhamento terapêutico sob o enfoque da psicoterapia do equilíbrio emocional, a perda de suas funções como padre referencial para o Setor Juvenil da diocese, a perda da função de instrutor de disciplina acadêmica no Seminário Propedêutico Diocesano, a suspensão do ofício de chanceler, e que ficasse proibido de falar sobre o assunto.
Em novo decreto publicado no dia 18 de setembro, Dom Francisco decidiu pela permanência de sua desvinculação de qualquer atividade pastoral e assessorias local ou regional, ficando ele ainda proibido de assistir ou ministrar sacramentos, participar de lives nas redes sociais, e a permanecer em silêncio público sobre o fato, bem como assumir a inteira culpa pelo desgaste a Igreja e às pessoas de boa fé. Foi-lhe autorizado o uso de ordens apenas no território da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré após o dia 1 de outubro e estabelecido a assinatura de um termo se comprometendo a realizar a ruptura com pessoas e fatos que provocaram vergonha e escândalo aos fiéis católicos desta Igreja Diocesana.
Conclama o bispo de Campo Maior à oração e penitência e reafirma o posicionamento desta diocese em defesa da vida. Voltemos o nosso olhar para Deus, que ao mesmo tempo, é Justiça e Misericórdia.
Campo Maior, 24 de Outubro de 2020
Setor Diocesano de Comunicação
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