Nesta quarta-feira (27), durante uma reunião na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu as ações de seu governo durante a pandemia de Covid-19.
Na reunião, Bolsonaro voltou a defender medicamentos sem comprovação científica, como a cloroquina para tratamento do vírus.
“Escolhemos ministros sem viés político. Creio que essas ações ajudaram em muito a gente a passar pela pandemia, com baixas, sim, lamentamos, mas passamos pela pandemia. Gastamos em 2020 R$ 700 bilhões para atender governadores, prefeitos, nosso sistema de saúde. E sobrevivemos”, disse ele. “Compramos vacina para todo mundo, de forma voluntária. Nunca exigi passaporte vacinal nem cobrei nada de ninguém, até porque eu nunca me vacinei. Entendo que isso é liberdade e democracia. É um direito meu. E estou vivo até hoje”, completou.
No Brasil. a pandemia já vitimou mais de 677 mil brasileiros.
Em sua fala, o chefe do Executivo afirmou que teve uma interferência política muito forte na autonomia da medicina. Segundo ele, os médicos devem fazer de tudo para buscar salvar uma vida.
“Tive uma experiência muito forte da interferência política na autonomia médica. O médico, no meu entender, tem que fazer de tudo para buscar salvar uma vida. Perante o desconhecido, a autonomia faz parte da atividade dos senhores. Os senhores sabem melhor do que eu que muitos remédios são descobertos por acaso. Até mesmo o da impotência sexual foi por aí”, afirmou Bolsonaro.
Jair Bolsonaro criticou integrantes da CPI da Covid, como o presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O presidente aproveitou ainda para cutucar o Judiciário.
“A pandemia foi um exemplo para todos nós de como devemos ter cada vez mais zelo com a política. Nossa vida passa pelo Parlamento, pelo Executivo e passa por outro Poder, que está legislando bastante nesses últimos três anos”.
Com informações do Correio Braziliense.