Os motoristas e cobradores de ônibus decidiram em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (27), iniciar uma nova greve por tempo indeterminado em Teresina a partir de 0h desta quinta-feira (28).
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro-PI), Ajuri Dias, a pauta principal dos trabalhadores é a assinatura da convenção coletiva de trabalho.
“Realizamos assembleia e a categoria aprovou a greve por tempo indeterminado, que se inicia às 0h. A pauta principal é a questão da assinatura da convenção coletiva. Assinando a convenção coletiva, a gente regulamenta a nossa jornada de trabalho, nosso salário, os benefícios, tudo é regulamentado. Nós estamos com dois anos sem convenção, não aguentamos mais”, disse Ajuri Dias.
Segundo Ajuri Dias, os empresários só querem negociar a convenção coletiva a partir de janeiro de 2022.
“Os empresários colocam situações em relação a questão de assinar convenção ou negociar convenção só a partir de janeiro, mas as negociações da base de janeiro podem se iniciar cinco meses antes. Nós encaminhamos nossa convenção para o Setut em setembro tentando negociar e eles não querem negociar com o trabalhador”, afirmou.
O presidente do Sintetro ressaltou que a greve só terá fim após a assinatura da convenção coletiva de trabalho.
“Tinha essa questão do débito deles, que eles alegavam que a prefeitura não estava pagando, mas agora a prefeitura já está pagando e eles continuam dizendo que não querem assinar a convenção coletiva. Eles já resolveram o problema deles e nós estamos sofrendo, trabalhando com diária, não recebendo as férias. É uma situação que não está regulamentada e só o que irá regulamentar é a convenção coletiva. Só iremos acabar a greve após a assinatura da convenção coletiva”, frisou.
O prefeito de Teresina Dr. Pessoa (MDB) afirmou que não vai ter mais conversa da parte do executivo e afirmou que um plano B será implantado se não houver cumprimento imediato da parte dos empresários do transporte e daquilo que foi acordado. Dr. Pessoa citou a possibilidade de chamar empresas de fora para atuar na Capital e normalizar os serviços.
“Já estou trabalhando nesse sentido e o superintendente da STRANS está ciente da implantação do plano B. Da parte do prefeito não terá mais diálogo. Está determinado que todas as atitudes cabíveis, em caso de descumprimento do acordo, serão colocadas em prática com brevidade. Desde sempre, está em minha cabeça chamar empresas de fora, claro que não será algo de hoje para amanhã, mas não haverá demora para resolver”, disse o prefeito.